quinta-feira, 12 de julho de 2018

Review de 1 ano com o gabinete NZXT S340

Imagens do site do fabricante

Escolher um gabinete nunca é fácil. Há centenas de marcas no mercado e cada uma delas tem vários modelos disponíveis para cada tipo de uso. Temos desde gabinetes mais básicos, que parecem feitos em algum quintal e que são verdadeiras armadilhas para o seu hardware, a gabinetes de altíssima qualidade que nos oferece uma infinidade de oportunidades de montagem.

Para escolher um bom gabinete o usuário deve ter em mente que o principal motivo para escolher determinado modelo é o seu hardware. O gabinete tem que atender primeiramente as suas peças, como ele "trata" as suas peças. Espaço para (montar) uma boa refrigeração, proteção contra poeira e espaço para uma boa organização dos cabos (cable management) é essencial. Não adianta ser bonito se o seu hardware vai virar um aquecedor ou ficar exposto a problemas.

Uma das fabricantes que se sai muito bem em reviews é a NZXT. A empresa americana é reconhecida como uma das melhores do mundo quando o assunto é design e qualidade de hardwares e acessórios. Com excelentes produtos no mercado, foi a minha aposta para montar o meu setup.

A marca oferece uma gama bem interessante de gabinetes, desde os mais chamativos aos mais minimalistas, sem esquecer de ter um preço decente. A variação é grande, custam a partir de R$ 220,00, podendo chegar a mais de R$ 1.500,00 de acordo com pesquisa feita no Google shopping. Dito isso, procurei algo que fosse bonito (de acordo com o meu gosto), simples e que atendesse as necessidades do meu projeto. Acabei encontrando o S340 Mid Tower, que hoje esta em torno de R$ 300,00. Lá fora, o preço é de US$ 70,00. Esse modelo de gabinete apresenta outras combinações de cores, e também uma versão com a tampa em vidro temperado, denominada S340 Elite, que é muito bonito por sinal.


Especificações:

- Tamanho: 200 x 445 x 432 mm
- Material: SECC Steel, ABS Plastico
- Placa mãe suportada: Mini-ITX, MicroATX, ATX
- Slots de Expansão: 7
- Fonte suportada: ATX
- Posição da fonte: Inferior

Baias:
- Interno de 3,5 ": 2 + 1
- Interna de 2,5 ": 2
- Obs: Não suporta unidade de DVD 

Refrigeração:
- Frontal: 2x 140mm / 2x 120mm
- Top: 1x 140 / 120 milímetros (1 x 120 milímetros FN V2 Fãs Incluído)
- Traseira: 1x 120 milímetros (1 x 120 milímetros FN Fan V2 Incluído)

Suporte para Radiadores:
- 2x Frontal: 140 ou 120 milímetros
- 1x Traseira 120 milímetros

Espaço:
- GPU Com Baias do HD : 334mm
- GPU Sem Baias do HDD: 364mm
- CPU Cooler: 161mm
- Manuseio dos Cabos: Lowest Point - 17.7mm; Highest Point 168mm

Filtros:
- Frontal: Incluso
- Inferior: Incluso 

Conexões:
- 1x Audio/MIC 
- 2x USB 3.0

O pacote do S340 é bem simples, com a NZXT fornecendo apenas o suficiente para a montagem do sistema. Acompanha o gabinete um manual básico, parafusos pretos e algumas braçadeiras de cabo. Achei de bom tamanho a quantidade de componentes, mas pode ser insuficiente para aqueles que farão algumas personalizações.

Em termos de design, basta olhar para as fotos para perceber que ele é o mais minimalista possível: uma caixa totalmente metálica, com uma janela em acrílico no lado esquerdo. A frente, composta por uma armação de plástico com uma placa também em metal, é lisa. Até o logo da empresa, que esta em preto brilhante, é difícil de ver. Por falar em cor, o preto desse gabinete é bem bonito, parece um preto aveludado, fosco. Infelizmente, pelas fotos não dá para vocês terem essa impressão. O único porém fica por conta das manchas de dedo, que invariavelmente aparecerão ao manuseá-lo. Entretanto, basta usar um pano úmido com detergente neutro para mantê-lo limpo.

Os detalhes em vermelho ficam por conta da peça de plástico que compõe o painel frontal do gabinete, além de uma "faixa" de metal na parte de dentro. Não há nenhum problema deste painel ser composto por plástico, pois isso facilita na hora da remoção e ele fica coberto pelas tampas laterais. Não dá para ver a peça de plástico pela lateral, apenas na parte superior.

Entre o painel frontal e o gabinete há essa abertura para a entrada de ar. Nele fica o filtro de pó grande em nylon, que é fixado através de pequenos imãs. Ele reteve bem a poeira durante esse tempo em que estou com ele e tive que limpá-lo 3 vezes ao longo desse período. Há uma explicação para isso: eu realoquei uma fan para a parte frontal, jogando o ar para dentro, enquanto que a fan traseira eu mantive ela jogando o ar para fora do gabinete. Para limpar o filtro, eu usei água corrente e detergente neutro. Ele seca relativamente rápido, mas algumas sujeirinhas ficaram agarradas. Acredito que uma pequena escova resolveria esse problema.

Vista da parte de cima. Não há botão de reset.





As chapas de aço utilizadas na construção desse gabinete são de alta qualidade, não entortam e tem excelente acabamento por dentro, ou seja, livre de rebarbas que poderiam cortar suas mãos ou  danificar alguma peça ou cabo. E a pintura se mostrou bem resistente.

Embaixo do gabinete nós achamos o outro filtro, que protege a fonte. Este quase nunca suja. Lembrando que o gabinete conta com pés bem altos em comparação com gabinetes do mesmo porte.

O acrílico da tampa lateral manteve a mesma aparência de quando chegou, mesmo passando por uma limpeza mais "pesada". Para limpá-lo a receita é a quase a mesma, mas desta vez o pano é molhado, seguido de detergente neutro. Só tomei o cuidado para não molhar a parte metálica. Se mostrou bem resistente a arranhões, no meu ponto de vista. Claro, também não abusei na hora da limpeza.

Uma das dificuldades que você poderá encontrar ao trabalhar com esse gabinete é o espaço reservado aos discos de armazenamento de 3,5 polegadas. Há uma gaiola com espaço para dois discos e um terceiro pode ser colocado logo abaixo. Porém, essa gaiola não é removível e é necessário retirar a fonte para prender os discos corretamente. Se você tiver um terceiro disco, este deverá ser parafusado diretamente na chapa inferior. Portanto, se vai trabalhar com manutenção e recuperação de dados, prepare-se para a ginástica, pois o gabinete pesa em torno de 7 quilos.

Uma solução encontrada pela NZXT para esse problema foi colocar uma tampa traseira onde a fonte é aparafusada. Desta forma, basta remover os parafusos de dedo e retirar a fonte do lugar para acessar a fixação dos dispositivos de armazenamento. Dá trabalho, mas facilita.

Espaço reduzido para os HDs
A tampa onde a fonte é presa e o filtro.
Outro problema que você poderá encontrar nos discos é a parte de resfriamento. Como não há um sistema de resfriamento ativo direcionado para discos, a refrigeração depende do fluxo de ar semi-passivo que entrará pela frente do gabinete através das aberturas na parte superior da gaiola e de fora do gabinete por meio da exaustão. Com esse design, o fluxo de exaustão precisa ser significativamente mais forte do que o fluxo de entrada. Embora eu não tenha problemas de refrigeração dos discos, eu resolvi comprar uma nova fan para a exaustão, evitando problemas futuros.

Concluindo, o gabinete tem muitas qualidades e poucos detalhes que possam atrapalhar no dia a dia. Tirando o fato do aperto para os HDs e a ausência do botão de reset (que não tem feito falta até aqui), estou satisfeito com a minha escolha.

Abraços

domingo, 9 de julho de 2017

AMD Ryzen 5 1400 - Primeiras Impressões



Conclusão: dá conta do recado, mas não espere grande coisa no dia a dia.

Já imaginaram se todas as análises e reviews começassem assim? Ia facilitar a vida do povo preguiçoso, que prefere aquele vídeo no youtube. Mas há aqueles que preverem ler e entender como foi a experiência do usuário, então é para esses que eu escrevo.

Essa nova geração de processadores da AMD foi umas das coisas mais esperadas neste ano pelos consumidores e por quem trabalha com computadores.A expectativa era enorme. Primeiro, porque a Intel reinava sozinha no mercado e colocava o preço que bem entendesse nos seus produtos e não vinha apresentando grandes novidades. Segundo, que a AMD prometeu processadores fortíssimos e preços competitivos.

No geral, de acordo com o que eu li na mídia especializada, era mais ou menos o que eu esperava. A AMD não tem condições de promover milagres e seus novos processadores são ótimos produtos, com preços bastante competitivos. Claro, aqui no Brasil os preços não ajudam, placa-mãe continua cara, o que faz com que percam um pouco de custo/ benefício. E o mais importante, fez a Intel se mexer, colocando novos produtos no mercado e abaixando o preço dos produtos existentes.


Mas enfim, é hora de comentar essa minha primeira experiência com o R5 1400.

Detalhes

Esse processador vem muito bem acompanhado pelo bonito cooler Wraith Stealth, que mantem o 1400 nos 40ºC na maior parte do tempo, mesmo durante a minha jogatina de testes. Vale lembrar que nos processadores mais potentes, esse cooler tem leds. Já o processador em si, tem o tamanho físico dos processadores do socket AM3+, mas apresentam mais pinos na parte de baixo. Na parte superior temos a marca Ryzen gravada em letras grandes. Na caixa também temos aquele clássico adesivo para aqueles que gostam colarem no gabinete.

A intenção era montar um computador básico, então você não verá exageros na minha configuração. Além do processador já mencionado, temos:
  • Placa-Mãe MSI mATX B350M GAMING PRO (R$ 459,90)
  • 2x Memória Kingston HyperX FURY 4GB 2133Mhz (199,90 cada)
  • HD Seagate SATA 3,5´ BarraCuda 1TB (R$ 219,90)
  • Placa de Video ASUS Geforce GTX 1050 Ti 4GB Expedition (R$ 678,90)
  • Fonte Corsair CX-430W - CP-9020046-WW 80 Plus Bronze (R$ 211,90)
  • Gabinete NZXT Mid-Tower S340 Preto/Vermelho ( R$ 319,90)
O processador custou R$ 685,90 e ainda ganhei uma das memórias Ram. Então valeu muito a pena comprar esse processador, pois logo de cara eu economizei uns R$ 170,00, que é o preço, em média, da memória em questão. Além disso, ele esta custando cerca de R$ 100,00 mais barato que o Core i5-7400, outro processador que estava em meus planos.

Como eu comprei mais coisas, acredito que o frete (para Vitória - ES) somente dessas peças sairia em torno de R$ 100,00.

Não reparem na toalha: Minhas fotos são horríveis, mas dá para ver as peças antes de serem colocadas dentro do gabinete.
Uso

Utilizei esse processador ao longo dessa última semana, nas mais variadas tarefas. Descompactei arquivos grandes utilizando o Winrar, baixei um monte de coisas, assisti vídeos, navegação na internet, office e joguei Battlefield 3, 4 e 1. Durante todas essas tarefas eu não percebi nenhuma queda de desempenho por parte de todo o sistema, mas ele também não me surpreendeu. Fez bem o arroz com feijão.

Para quem esta pensando em jogos

Como vocês perceberam, minha placa de vídeo não é nenhuma maravilha. Processador básico, placa básica. Portanto, o papel do processador era apenas empurrar o máximo que a GTX 1050ti suporta. E eu senti que ela é o "gargalinho" do meu sistema. De acordo com o HWMonitor, alguns núcleos do processador chegaram a 100% e a frequência, que fica flutuando na casa de 2,8 a 3,1 GHz no "modo ocioso", chegou a um pouquinho mais de 3,4 GHz quando exigido. Sempre no mais absoluto silêncio e a temperatura lá embaixo. Para quem vai fazer overclock, é uma boa notícia.

E "senti" é a palavra mais correta. Sem me preocupar com FPS, percebi que jogando o BF4 no alto foi bem mais fluido do que no ultra, embora a GTX 1050ti dava conta de rodar 60 FPS na qualidade máxima. E no BF1 eu testei no médio e sequer o medidor de FPS estava ligado, mas eu acredito que estava em 60 quadros. A nível de curiosidade, no BF3 ela entregou cerca de 90 FPS. Como o meu foco não é jogos, pra mim esta de bom tamanho e poderei me divertir nas horas vagas.

(Ainda não instalei o Afterburner para medir o uso do equipamento. Somente usei o HWMonitor para ver a temperatura, o próprio medidor de FPS do jogo (??)  e o gerenciador de tarefas para verificar coisas básicas. Ainda hoje eu ainda atualizo essa parte com testes mais completos.)


Até daqui a pouco com mais novidades.







sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Primeiras impressões e manutenção no Dell Inspiron 15 Série 3000



A Dell sempre produziu notebooks, digamos, interessantes. E sempre cobrou por eles um valor de acordo com a qualidade dos produtos que ela entrega. Só que de uns tempos para cá, a empresa texana tem apresentado alguns produtos que não tem me enchido os olhos. Diante disto, outro dia eu tive a oportunidade de colocar as mãos num Inspiron 15 Série 3000. Vamos ver como ele se saiu.

O hardware

Em se tratando de notebook, ele vem com o basicão que você vai encontrar em outros modelos do mercado. Seu conjunto é composto por um Core i3-4005U que entrega apenas 1,7 GHz, 4GB de RAM, leitor/gravador DVD e HD com 1 TB de espaço para guardar suas tralhas. Ou seja, é um notebook básico, que te entrega um desempenho mediano nas suas atividades mais cotidianas.

A tela foi a parte que mais me agradou. Confortável, apresentou um equilíbrio de cores muito bom e o brilho mesmo estando no máximo, não incomodou. O tamanho também é bem bacana, ideal para o pessoal que vai ficar trabalhando direto e não vai ter necessidade de aproximar a cara perto da tela, como nesses de 13 polegadas que são produzidos hoje em dia e querem se tonar tendência. Coisa tosca de mercado.

O teclado, que é completo e com as teclas numéricas, apresenta as teclas miudinhas, mas logo eu me acostumei. Tanto que parte desse texto foi digitado nele. A única reclamação nessa parte é a tecla Enter, muito pequena. O resto está de boa. Outra coisa que eu percebi enquanto utilizava para atividades de uso cotidiano foi que ele esquenta um pouco além do normal na parte de cima.
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Agora o plástico utilizado.... Não gostei dona Dell. O plástico com textura na tampa até é bacana e combina com a proposta, mas o plástico utilizado no restante do aparelho não me agradou. Ele tem uma pequena textura que é estranha ao toque e ela acumula sujeira, ainda mais na região do touchpad. Este, por sua vez, tem um bom tamanho e de textura mais suave. Apresentou um bom desempenho nas tarefas, porém seu sistema de múltiplos toques não se fez presente numa determinada parte do teste. Acho que eu acabei desativando ele durante os procedimentos e como o cliente usa mouse, eu acabei não me importando com isso em determinado momento.

As bordas do aparelho são bem retas, dá até a impressão que se você passar o dedo com força nelas poderá se tornar o novo Lula. A culpa, em partes, é da proposta e do design do produto. Por falar nele, o design arrancou tantos suspiros quanto o desenho de um tijolo. A LG, por exemplo, tem uma linha de produtos baratos que tem uma aparência bem mais elegante, além do plástico utilizado ser de melhor aparência. No geral, o dispositivo passa um ar de robustez e não há sinais de falhas de construção.

Sujeira acumula no local do touchpad

As bordas retas (foto retirada do site http://www.laptopmag.com)

Pepino

Antes de mais nada, preciso explicar o que me levou até essa máquina. Um dos meus clientes comprou essa máquina em março deste ano, e até hoje ela vinha funcionando normalmente. Porém, de uns tempos para cá, ela vinha travando a tela. Alguns curiosos já haviam dado uma olhada, mas ninguém conseguiu decifrar o enigma. Nem mesmo o suporte oficial da marca estava se entendendo com o produto. É nessas horas que me ligam.

O que estava travando a máquina era toda a utilização do disco rígido. Como o processador é patético em tarefas mais pesadas, o disco ficava muito tempo sendo utilizado em toda a sua capacidade até o molenga do processador dar conta de todo o serviço. Ou seja, ficava em 100% muito tempo, o que acabava travando a criança em algum momento.

O combo host de serviço local, antivírus da McAfee e Chrome simplesmente sugava os recursos da máquina. A Dell deveria tomar vergonha na cara e parar de empurrar esse antivírus moribundo e travador. Uma verdadeira porqueira. Outro cliente meu teve vários problemas por causa dessa porcaria. Se você comprar um Dell, se desfaça disso o mais rápido possível. Porém, as opções de desinstalar o antivírus e a Google entregar um navegador melhor estavam fora de cogitação, o negócio era trabalhar em cima do host serviço local. Sim, o cliente queria o antivírus e ele é quem manda. E ele que sofra as consequências da sua escolha.

Mandei atualizar o Windows e atualizei os drivers da máquina via software. É incrível como uma máquina nova tenha drivers desatualizados. Infelizmente é uma prática comum da Dell. Depois fui no msconfig e desmarquei todos os serviços que não eram da Microsoft (voltei e marquei o touch, lembram?), além de desabilitar os serviços desnecessários na inicialização da máquina. As coisas melhoraram um pouco, mas não o suficiente. Então eu fui lá em Serviços e desabilitei alguns serviços como o Update (deixei em manual) e o Search.

Não sei o que causam esses problemas do host que fica doido, mas os procedimentos adotados deixaram ele mais calmo e esse problema com o host de serviço é bem comum em todas as versões do Windows, em notebooks e desktops. Basta dar uma procurada no google e você achará várias “soluções” diferentes para o problema, embora ninguém saiba o motivo do descontrole. E que fique claro: não é exclusividade dos notebooks Dell, é com qualquer fabricante. É um problema que afeta o Windows em determinado momento. Acredito que há alguma atualização que amenize isso, mas nunca achei uma solução definitiva.

Não é correto ficar desativando serviços, muito menos os da Microsoft, para obter desempenho ou resolver um problema. Portanto, o melhor a se fazer é atualizar o Windows antes de qualquer coisa, atualize os drivers e posteriormente verifique o serviço de terceiros. Se nesse ponto o problema parar, é um serviço de terceiros que está dando problemas e você terá que ir ativando um a um até encontrar o problema. Por fim, se tiver algo ainda perturbando, aí é necessário intervir nos serviços da Microsoft e procurar uma outra solução para o problema.

Neste caso, as coisas melhoraram substancialmente, e mesmo não estando satisfeito, o cliente já estava conseguindo utilizar o computador. Era o que ele queria e eu consegui atende-lo. Pedi a ele que entrasse novamente em contato com suporte da Dell (que é competente) para eles ficarem cientes dos procedimentos adotados e que agendasse a visita de um técnico deles. A minha parte eu dei por encerrado, pois passei o veredicto, dei o meu relatório e parecer sobre o problema, além do computador está na garantia. Eles que se virem.

De noite, para ser exato eram 23:30, o cliente me liga e fala que o suporte da Dell tentou fazer um acesso remoto na máquina depois que eu fui embora. Claro que o notebook travou! Rimos bastante e ele me disse que agendaram um horário com ele. Não custava nada o técnico da Dell prestar atenção no relatório que eu deixei e seguir a minha sugestão de prestar um serviço presencial. Nunca aprendem.

Conclusões finais





O Inspiron 15 Série 3000 é um notebook de hardware bem modesto, indicado para quem vai trabalhar com coisas muito básicas, como acessar internet, trabalhar com o office entre outros. É um produto muito confortável, com boa ergonomia, mas peca na escolha dos materiais empregados na construção. O design é insosso, mas isso não é levado em consideração pelo público alvo desses dispositivos, que é o meio corporativo. No geral, não tem nada de errado com o produto, muito pelo contrário. Há vários pontos positivos numa máquina pensada para o trabalho, além do suporte da marca ser, disparado, o melhor que eu já tenha trabalhado.

Para esse tipo de computador eu até tenho algumas soluções no bolso para melhorar o desempenho, mas fica para a próxima.


Abraços

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Experimentando o Watercooler Corsair H45



Normalmente quando você compra um processador ele já possui um sistema de refrigeração à ar incluso. Porém, se o consumidor adquirir um processador mais parrudo ou com o TDP alto, como é o caso da série FX da AMD, muita das vezes os kits de refrigeração oferecidos pelos fabricantes, Intel e AMD, não dão conta de gelar o processador adequadamente quando ele é exigido ao extremo. Processadores voltados para altíssimo desempenho ou da linha entusiastas já não contam mais com os coolers de fábrica, ficando por conta do consumidor a escolha do sistema de refrigeração.

Portanto, este pequeno guia foi escrito pensando no consumidor que compra um processador de alto desempenho e/ ou TDP alto e que querem tirar algumas dúvidas em relação ao sistema de refrigeração do seu desktop.

Para o nosso exemplo, vamos instalar o watercooler H45, fabricado pela Corsair. A máquina que irá receber o dispositivo tem a seguinte configuração:
  • ·         Processador Intel Core i7 Devils Canyon 4790K 4.00Ghz – Turbo Booster de 4.4 Ghz;
  • ·         Placa Mãe Gigabyte GA-Z97X-SLI , LGA 1150 Intel, 3000MHZ ,Chipset Z97;
  • ·         Placa de Vídeo Gigabyte GeForce GTX 970 GAMING, 4GB GDDR5 256 bit;
  • ·         HD Seagate SATA 3.5´ 1TB 7200RPM 64MB Cache SATA 6Gb
  •    Memória Vengeance Corsair CMZ8GX3M1A1600C9, Capacidade 8 GB DDR3 1.600MHz, Configuração de memória Dual Channel (totalizando 16GB);
  •      Gabinete Thermaltake Commander G41 – Torre média;
  •      Fonte Corsair CX 750W.

Foto da máquina quando ela foi montada.


Essa máquina foi adquirida há quase dois anos e tem essa configuração porque a intenção do dono era fazer um RAID0 com SSDs e um SLI de duas GTX 970. Porém, como a máquina vem apresentando um bom desempenho e o Direct X12 vem decepcionando, o dono ainda não realizou as atualizações do hardware. Até mesmo o seu monitor teria que ser trocado para que ele aproveitasse o máximo da máquina, então ele achou melhor esperar.

A máquina veio fazer a sua visita anual de limpeza, verificação de softwares e do funcionamento do hardware. Quando a máquina foi entregue há quase dois anos, eu fiz os testes de temperatura e não havia constatado nenhuma anomalia. Estava ok e pronta para o crime.

Só que dessa vez percebi que, quando o processador é exigido ao máximo, o sistema simplesmente abaixa a frequência do processador para que a temperatura não ultrapasse os 100 graus. E isso não é o que nós queremos, queremos desempenho máximo em todas as situações possíveis. Era hora de dar um up na refrigeração.

Dei duas opções para o cliente: Cooler Thermaltake Frio Silent 12 ou o Watercooler Corsair H45. Depois de analisar muitos testes, acabai por decidir pelo watercooler porque esse sistema consegue manter temperaturas mais baixas que o cooler a ar mencionado. Embora a primeira opção seja de excelente qualidade, ele é um pouco mais caro. O H45 aguenta até 95 Watts. Além disso, não faremos nenhum tipo de overclocking, então não era necessário comprar um watercooler mais parrudo, como H60 ou H100 por exemplo.


Analisando o H45

A Kabum sempre muito caprichosa. Comprei uma pasta térmica, mas não foi preciso usá-la.


Visualmente falando, o H45 tem boa qualidade de construção. Suas mangueiras são de borracha e bem maleáveis, aceitando algum tipo de torção. Já o radiador eu achei meio frágil e a ventoinha é feita com um plástico de boa qualidade e não apresentava rebarbas. Outra coisa a se levar em conta é o seu tamanho compacto, quando comparado a outros watercoolers mais robustos. Mesmo assim, antes de comprar, veja se o seu gabinete aceita ventoinhas de 120mm.


Instalação

A instalação é bem fácil e não requer a retirada da placa-mãe se a bandeja do seu gabinete tiver uma abertura atrás do local do socket do processador. Mas o ideal é retirar a placa de dentro do gabinete e instalar a peça, que se chama back plate, que vai servir para você aparafusar o resfriador.
Em cima desse resfriador vai uma outra peça, a Mounting Bracket. É essa peça que recebe os parafusos de fixação.



Jogo completo de peças do kit. Serve tanto para processadores Intel, quanto AMD. O Montaing Braket são essas peças pretas na parte de baixo da foto. O da Intel é da esquerda, A outra é para processadores AMD.

O back plate é colocado atrás da placa-mãe 

Ponto aonde será fixada a Mountaing Bracket


Porém, antes de fixar o resfriador, o ideal é que você prenda o radiador no gabinete. E nessa parte o trabalho deu o ar da graça. Como o gabinete do cliente é um Thermaltake, o infeliz do radiador não cabia na parte superior do gabinete, restando apenas a parte de trás para a instalação. Poderia ter optado pela instalação de dupla fan (que se chama push and pul), mas como são ventoinhas de marcas diferentes, eu achei melhor manter a original no radiador e subir com a fan do gabinete, instalando ela na parte superior. Como o gabinete tem outra fan na parte da frente jogando ar frio para dentro, a ventoinha do radiador e a outra fan fazem o papel de exaustor.

Coloque o radiador primeiro antes de fixar o resfriador.


Com o resfriador no lugar. A fan que acompanha o gabinete esta logo acima.

Vista geral do gabinete.


Um detalhe que vai deixar doido quem tem síndrome de TOC e fica olhando para dentro do computador que tem tampa de acrílico, é o símbolo da Corsair que fica em cima do resfriador. Para deixar as mangueiras na forma mais natural possível, sem fazer nenhuma pressão nelas, eu instalei o resfriador de “cabeça para baixo”. Fiz os testes com o gabinete em pé e deitado, para ver se isso afetaria o desempenho do sistema, mas nada foi constatado.

Os testes

Por falar nisso, vamos comentar como foram os testes. Para estressar o processador, utilizei o CPU-Z e Cinebench 15, enquanto que para medir a temperatura, foi utilizado o HWMonitor. São programa simples e que qualquer um pode baixar. A temperatura ambiente era de 25 graus e na “Opção de Energia” do Windows, selecionei a opção “Alto desempenho”. Também utilizamos a GPU do processador, e não a GTX 970. Vale lembrar que esses testes servem apenas como referência e não devem ser levados para o lado científico da coisa.

Pois bem, com o processador entregando 4,39 Ghz (no gerenciador de tarefas marcava 4,32 Ghz) no modo ocioso, a temperatura ficou estáveis 30 graus com o Corsair H45. Com o cooler padrão da Intel, ele marcava 50 graus. Ou seja, logo de cara, tivemos um ganho de 20 graus.

Esqueci de salvar uma imagem com o cooler padrão no modo ocioso. Essa imagem já é com o H45 instalado


Quando ligamos os programas de estresse o ganho foi ainda maior. Com o cooler padrão Intel, o i7 4790K ficou na casa dos 100 graus e não entregava a força máxima, pois o sistema diminuía a frequência, entregando um pouco mais de 3Ghz. Já com o sistema da Corsair, o processador apresentou 100% de uso de todos os seus 4 núcleos, com frequência máxima, e a temperatura oscilava entre 70 e 80 graus. Portanto, manteve os 20 graus mais baixo, mas entregou todo o potencial do processador. Só que existe um pequeno problema. A danada da fan da Corsair fala alto demais quando se exige 100% do processador, e isso pode incomodar algumas pessoas. Quando está no modo ocioso, a “turbina” não se faz presente.

Com o cooler padrão. Observe a frequência.

Temperatura batendo nos 100 graus com o cooler padrão



Temperatura na casa dos 80 graus com o H45

Processador entregando toda a frequência possível



Conclusão

Se você tem um processador com um TDP de até 95 Watts e deseja comprar um novo sistema de resfriamento, o Corsair H45 deve ser levado em conta. Além de apresentar um desempenho satisfatório nos testes, diminuindo a temperatura em torno de 20 graus (ou mais) quando comparamos com o sistema padrão, o H45 tem um bom custo x benefício. No Kabum ele pode ser seu por R$ 189,90 a vista, sem o frete, e comprando de madrugada, quando há promoção. O problema é que, quando se exige o máximo do processador, ele faz muito barulho e isso pode incomodar algumas pessoas. Vale lembrar que fizemos os testes com um i7 entregando mais de 4 Ghz e que com outros processadores o resultado pode ser diferente.

Não poderia deixar de mencionar que, mesmo durante os testes de estresse, eu pude continuar utilizando o computador normalmente. Isso porque o i7 4790K é um monstro e sequer demonstrou que estava 100% ocupado.

Abraços